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Renan articula para vetar trechos do projeto que acaba com voto secreto

Manobra esvaziou plenário na terça-feira para impedir a votação do projeto. Intenção é manter voto fechado para integrantes da mesa diretora do Senado e da Câmara

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem dado apoio informal à ofensiva do senador Romero Jucá (PMDB-RR) para costurar mudanças no projeto que pretende pôr fim ao voto secreto de congressistas. A articulação envolveu o esvaziamento do plenário nesta terça-feira para que não fosse atingido o número mínimo de 49 senadores inscritos no painel do Senado.
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A manobra impediu que houvesse a votação em segundo turno da PEC 43/2013 - aprovada em primeiro turno por 54 votos - sem a conclusão da articulação política de Renan. O intuito é aprovar, junto com a proposta, um destaque suprimindo do texto final o fim da eleição em segredo para integrantes da mesa diretora tanto do Senado quanto da Câmara.
Agência Brasil
Renan Calheiros, presidente do Senado
A retirada da PEC de pauta teve como argumento oficial a redução de quórum por conta da reunião do conselho político da presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Mas alguns senadores deixaram de registrar presença no painel até o momento em que a PEC do voto aberto fosse retirada de pauta a pedido de Renan. Assim que isso ocorreu, o número de senadores registrados saltou para 68 no painel.
Após uma minuciosa avaliação do regimento da Casa, que proíbe a apresentação de destaques para votações em segundo turno de propostas de emendas constitucionais (PEC), as equipes técnicas da presidência do Senado e do gabinete de Jucá encontraram brecha legal que permitiu a apresentação de três destaques supressivos à PEC do voto aberto.
Entre os destaques está o que prevê a manutenção do voto secreto para a eleição de integrantes da mesa diretora do Senado. É este o de maior interesse. Isso porque Renan, segundo informações de bastidores, pretende disputar a reeleição caso sua candidatura ao governo de Alagoas não obtenha apoio do Planalto e do senador Fernando Collor (PRB-AL).
Collor também ensaia disputar o governo alagoano, o que é visto como risco por Renan, que topa a empreitada de concorrer apenas se o colega de Senado desistir do governo estadual para compor sua chapa como candidato a senador.
O retorno ao comando do Senado seria um plano B caso Collor ameace uma vitória estadual, na qual Renan apoiaria Renan Filho contra o ex-presidente da República. Para isso, contudo, o presidente avalia que precisa do voto secreto em função do desgaste que senadores teriam em justificar votar favoráveis à sua manutenção no cargo, algo contestado nas manifestações de junho.
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