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Uruguai deve aprovar mercado legal para a maconha nesta terça-feira

Voto no Senado é último passo para aprovação da lei da maconha, cujo objetivo é repelir o crime organizado

O Uruguai deve sancionar nesta terça-feira a chamada lei da maconha, que tem o objetivo de estabelecer um mercado legal para o produto.
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AP
Marcelo Vázquez, produtor de maconha, fuma baseado perto de Montevidéu, Uruguai (9/12)
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O Senado começa a debater a medida às 9h30, com a aprovação pela coalizão governista sendo amplamente esperada antes de a noite acabar. Como os senadores rejeitaram todos os pedidos de emendas depois de a medida ter sido aprovada na Câmara, seu voto será final.
O presidente Joé Mujica diz que o objetivo não é promover o uso da maconha, mas repelir o crime organizado. O governo espera que quando cultivadores licenciados, fornecedores e usuários puderem negociar a droga abertamente, traficantes ilegais sairão do país ao não conseguir lucrar. "Isso é uma praga, assim como os cigarros", disse Mujica há alguns dias.
A Comissão de Saúde do Senado ouviu vários argumentos para afastar-se do plano, que tornará o Uruguai o único país onde o governo está no centro do mercado de maconha legal no mundo.
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Psiquiatras preveem um aumento nas doenças mentais. Farmacêuticos disseram que a venda de maconha em conjunto com drogas prescritas prejudicaria sua imagem profissional.
O impacto negativo da maconha no aprendizado é bem conhecida, e "está relacionada ao fracasso educacional, a problemas de comportamento e a sintomas depressivos", testemunhou o professor Nestor Pereira, representando a Administração Nacional de Educação Pública.
Mas as comissões do Senado enviaram a proposta ao plenário sem mudanças, esperando evitar que a medida voltasse à Câmara, onde foi aprovada pela diferença de um voto.
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O deputado socialista Julio Bango, que é coautor da medida, disse à Associated Press que "essa não é uma lei para legalizar o consumo de maconha, mas para regulá-lo. Atualmente há um mercado dominado por traficantes de drogas. Queremos que o Estado o domine."
O projeto inclui uma campanha de mídia, lançada na sexta-feira (6), que tem o objetivo de reduzir o fumo de maconha alertando sobre os perigos que causa na saúde humana.
O presidente da Junta Nacional de Drogas do Uruguai, Julio Calzada, disse à AP que nenhuma farmácia ou quaisquer outros negócios serão forçados a vender a droga.
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Calzada disse que seu escritório terá 120 dias para elaborar a regulamentação após a votação, e trabalha a toda velocidade. Mujica prometeu que seu governo trabalhará durante os tradicionais feriados do verão para tornar as leis tão precisas quanto possível.
"Haverá muito a discutir e no qual trabalhar. Passaremos o verão trabalhando. Não há nenhuma mágica nisso", disse.
Em relação às preocupações de que o Uruguai poderia se tornar uma meca para o turismo de maconha, Mujica afirmou que o produto será legalmente vendido apenas para adutos uruguaios licenciados e registrados.
Ocarrasco24Horas
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