Fifa usa hino como justificativa para veto a instrumentos musicais nos estádios
Entidade proíbe tambores e batucada na Copa para agradar a um de seus patrocinadores.
Seleção brasileira canta o Hino Nacional antes da final da Copa das Confederações no Maracanã
Uma das preocupações apresentadas pelos torcedores durante a Copa das Confederações foi a ausência das torcidas com instrumentos musicais, todos proibidos pela Fifa. Diferente de 2010, quando a vuvuzela foi liberada nos estádios da África do Sul, tambores e qualquer instrumento musical estão vetados nos jogos do Brasil. Tudo para agradar uma das patrocinadoras da Fifa.
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Nesta terça-feira, Ron Delmont, diretor do escritório da Fifa no Brasil, justificou a medida como uma valorização ao hino nacional do Brasil. Ele foi perguntado sobre o caráter elitista dos jogos da Copa do Mundo, que perdem muito com a proibição dos atos comuns em qualquer estádio de futebol no jogos de clubes. E a justificativa foi simplória: o canto do brasileiro é suficiente para criar uma atmosfera especial.
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“Vocês viram a torcida cantando o hino nacional na Copa das Confederações? Então, não se precisa de instrumentos. O próprio torcedor cria a atmosfera”, disse Delmont.
Ninguém duvida que o hino brasileiro cantado por milhares de torcedores antes das partidas do Brasil na Copa das Confederações produziu uma imagem única. Mas há mais por trás da decisão da Fifa em proibir os instrumentos musicais.
A Fifa tem o patrocínio da Sony e prefere usar os telões e os alto falantes para “entreter” os torcedores. Qualquer torcedor que tire a atenção dos espectadores da exibição da marca de um desses patrocinadores violaria, segundo a Fifa, o contrato que ela tem com multinacional japonesa.
“Nós experimentamos isso. O Brasil não precisa de instrumento. O brasileiro já cria um clima fantástico”, disse DelMont. Ricardo Trade, diretor-executivo do Comitê Local da Copa, disse que a entidade que dirige não pode fazer nada para alterar a decisão da Fifa. “É o regulamento da Fifa que proíbe instrumentos sonoros dentro do estádio. Foi o que aconteceu com a proibição da caxirola na Copa das Confederações”, disse Trade.
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