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Brasileiro desiste de apartamento de US$ 1,5 mi por lei da maconha do Uruguai

'Achei meio perigoso', diz ex-deputado federal Arnold Fioravante, que pretendia dar imóvel de presente aos netos


Divulgação
praia

Um ex-deputado brasileiro desistiu de comprar um apartamento de US$ 1,5 milhão (quase R$ 3,6 milhões) em Punta del Este, balneário de luxo localizado no Uruguai, após a país legalizar a produção e a venda da maconha. Arnold Fioravante, de 83 anos, cancelou o negócio depois de o governo do presidente José Pepe Mujica sancionar a medida em dezembro.
Frequentador da cidade uruguaia famosa por seus cassinos e praias, Fioravante contou  que queria comprar o imóvel para presentear os netos. “Era um apartamento gostoso e pedi a uma imobiliária para mandar o preço. Nesse meio tempo, li qualquer coisa sobre a nova legislação uruguaia. O apartamento não é pra mim, mas para meus netos. Achei meio perigoso”, conta.
Dezembro: Uruguai aprova legalização do cultivo e venda da maconha

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O ex-deputado federal Arnold Fioravante

Na mensagem que enviou ao corretor desfazendo o negócio, o brasileiro disse que a maconha “é a porta para outras experiências com substâncias tóxicas” e expressou preocupação com as consequências da nova legislação. "Como no Brasil não temos educadores totalmente preparados para orientar os jovens sobre como lidar com as drogas, optei por não levar a minha família a um lugar onde essa experiência não é segura nem controlada ", escreveu.
Entenda: Saiba como funcionará a produção e venda de maconha no Uruguai
Advogado, Fioravante foi deputado federal constituinte pelo extinto PDS (sucessor da Arena, partido que sustentou no Congresso a ditadura militar). Para ele, o debate sobre a legalização das drogas é caso encerrado. “Trabalhei com escola a vida inteira. Isso está sendo estimulado. Esse assunto não deveria nem ser tocado. Você vai ver quantos moços vão para o Uruguai experimentar”, especulou. O ex-deputado participou também da fundação das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e das Faculdades Tancredo Neves.
Em Miami é diferente
A incursão no ramo imobiliário do exterior não foi a primeira de Fioravante. O advogado tem “há mais de 30 anos” um imóvel em Miami, nos EUA. É a cidade carimbada com o selo de miserável por um ranking da revista Forbes que usava como critério a vulnerabilidade ao tráfico de drogas, entre outros flagelos.
“Não dá para comparar os controles americanos com os argentinos, brasileiros. Tem país de primeiro mundo na América Latina? Não tem. Não dá para comparar. O Brasil poderá um dia talvez (controlar o consumo de maconha), mas é um país muito grande. Não controla.”
Fioravante brincou ao ser indagado sobre a recente autorização para o uso recreativo da maconha no estado norte-americano do Colorado. “Colorado... até o nome é meio espanhol, não é? Eu daria uma orientação para que meus netos escolhessem um Estado mais americanizado”, receita.
“Só o termo recreativo é de uma imbecilidade tamanha. Por que ninguém fala de cachaça recreativa? Se você não tem controle hoje, que é proibido, como você vai ter controle quando é liberado?”
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